sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Bicho do mato

No meio da selva
sua relva serena
disfruta na noite
um aconchego silencioso
habita em dois mundos
ser de puros mistérios
adeptos de um trato com o mundo
barreiras sem distâncias

Apenas chegar e estar
beleza de graças novas
purezas de partes vivas
uma lógica ilógica de estar no meio da vida
discrente de gente, instinto de bicho
leve docura cheia de terra
no dia abriga os perigos

Não selvagem no meio da selva
selvagem no meio da guerra
com uma intimidade a qual tão leve se torna uno
misturando-se e fazendo parte
como sua própria casa
bicho do mato